Os ursos, de uma forma geral, possuem uma longevidade considerável. Ainda não se sabe todos os detalhes sobre o tempo de vida desses animais, mas estima-se seja algo entre 25 e 40 anos.
A idade de um urso é determinada pelas raízes de seus dentes, que formam anéis anuais. Esse método é também utilizado no tronco das árvores. Os ursos selvagens, claro, tendem a viver menos que os mantidos em cativeiro.

Confira abaixo a lista com a média da expectativa de vida de cada uma das oito espécies de ursos:
- Urso-polar – A média é de 30 anos, mas há registros de ursos-polares que alcançaram os 50 anos de idade.
- Urso-pardo – O tempo máximo de vida já visto em estado selvagem é de 34 anos. Em cativeiro, o número salta para 47 anos.
- Urso-de-óculos – O período de vida dessa espécie circunda os 25 anos. Em cativeiro, podem passar dos 35 anos.
- Urso-panda – Na natureza, 20 anos. Em cativeiro, 35. 25 anos de um urso-panda equivale a 100 anos humanos.
- Urso-negro americano – vive aproximadamente 15 anos, mas alguns exemplares podem alcançar até 40 anos de idade.
- Urso-negro asiático – De 20 a 30 anos.
- Urso-malaio – Aproximadamente 28 anos.
- Urso-beiçudo – Cerca de 30 anos.

Panda sai da lista dos ameaçados de extinção
O urso-panda, que durante anos representou o símbolo da fragilidade da natureza em relação à devastação provocada pelo homem, corre agora menos perigo. O animal não consta mais na lista das espécies categorizadas como em perigo de extinção.
O relatório da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) trocou o antigo status de “em perigo” do urso-panda e o classificou como “vulnerável”. A reclassificação, de acordo com a IUCN, reflete o aumento da presença do animal nas florestas do sul da China.

Em dez anos, de 2004 a 2014, a população de pandas selvagens saltou de 1.596 para 1.864. O resultado foi alcançado com o trabalho de agências chinesas que decretaram uma série de proibições à caça e que expandiram as reservas florestais.
As organizações de proteção dos animais comemoraram a recuperação do panda. Mas alertam ainda para a queda global de cerca de 52% nas populações de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes em todo o mundo no período de 1970 a 2010.
Infelizmente, com exceção do panda e do urso-negro americano, todas as outras seis espécies de ursos estão ameaças de extinção. A maioria sofre com a caça e o desmatamento.
No caso do urso-polar, o derretimento das geleiras, causado pelo aquecimento global, é o principal fator responsável pela diminuição das populações. Já a população do urso-malaio diminuiu 30% nas últimas três décadas.

Curiosidade
Hora da soneca
Para enfrentar o frio e a escassez de alimentos que vêm junto com o rigoroso inverno do hemisfério norte, os ursos entram em hiatos. Eles passam um tempo sem beber, comer, urinar e defecar.
Os ursos-negros, por exemplo, chegam a ficar de entre cinco a sete meses por ano imersos em sono profundo. Pesquisadores afirmam que o metabolismo dessa espécie fica reduzido a 25% de sua capacidade. A temperatura corporal cai em média 6 ºC. A frequência cardíaca despenca de 55 para míseros nove batimentos por minuto.
Durante o ano, os ursos estocam gordura que, ao serem queimadas durante a hibernação, libera a água e as poucas calorias de que eles necessitam para sobreviver. Há também uma reciclagem de componentes nitrosos, como a ureia, que, combinados com a glicerina resultante do uso da gordura, formam aminoácidos que ajudam a manter as proteínas corporais.

Preparação
Durante o verão e a primavera, quando o clima está favorável, há alimento disponível e o metabolismo dos ursos funciona normalmente em sua totalidade. Ao final do verão, inicia-se o período de hiperfagia.
Esse é o momento de comer bastante. Até um pouco mais da metade do outono, os ursos-negros, por exemplo, bebem pelo menos 30 litros de água por dia e estocam calorias.

Na transição de outono para inverno, os ursos começam a diminuir o metabolismo para a hibernação. Nesse período, eles comem menos que na hiperfagia, mas o consumo de água segue em alta. Os batimentos cardíacos caem de 80 por minuto para cerca de 50. Durante as 22 horas diárias de sono, os batimentos chegam a 22 por minuto.
A hibernação pode durar até sete meses. Nesse o período, o consumo de calorias diárias, provenientes da gordura acumulada na hiperfagia, cai para entre quatro mil.
Até a entrada de oxigênio é significativamente reduzida. Em geral, o urso respira só uma vez a cada 45 segundos.

Ao despertarem do sono profundo, os ursos ainda ficam meio sonolentos. Essa fase é chamada de hibernação ambulante, período de ajuste antes de retornar à vida regular. Por cerca de 20 dias, os ursos mantêm o metabolismo abaixo da capacidade total, apesar de a temperatura corporal já voltar ao normal.
A hibernação ocorre sob as raízes ou na base de grandes árvores ou em uma toca que eles cavam no solo, com no mínimo 0,5 metro de altura e quase um metro de comprimento. O chão e o fundo são forrados com ramos de vegetação.
Nas regiões extremamente frias, os ursos constroem sua toca em um ponto onde caia muita neve para aumentar o isolamento térmico. Eles costumam voltar ao mesmo abrigo todo inverno para hibernarem.