Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Charadriidae
Gênero: Vanellus
Espécie: Vanellus chilensis
O quero-quero é uma ave típica da América do Sul. Ele pode ser encontrado da Argentina até o baixo Amazonas. Seu habitat inclui as grandes campinas úmidas praias arenosas, brejos, mangues e várzeas, locais onde a vegetação é mais rasteira. Áreas urbanas, como aeroportos, jardins, gramados, telhados e campos de futebol também podem ser habitados por essa ave.
Hoje você descobrir um pouco mais sobre o nome científico do quero-quero e outras informações. Confira!
Nome Científico do Pássaro Quero-Quero
O quero-quero é conhecido cientificamente como Vanellus chilensis e pertence à família Charadriidae. Os fósseis mais antigos dessa família datam aproximadamente 30 milhões de anos.
Essa ave foi descrita pela primeira vez por Juan Ignacio Molina, em 1782; mas, naquela época, recebeu o nome de Parra chilensis. Com o passar dos anos, outras quatro subespécies de quero-quero foram registradas. São elas:
- Vanellus chilensis cayennensis (Gmelin, 1789): ocorre na região norte da América do Sul. A face dessa subespécie é mais branca e menos preta. A coroa, as laterais da cabeça e o pescoço possuem coloração marrom acinzentada.
- Vanellus chilensis lampronotus (Wagler, 1827): ocorre do Amazonas até o norte do Chile e da Argentina. A cabeça dessa subespécie é marrom acinzentada com uma mancha branca na face.
- Vanellus chilensis chilensis (Molina, 1782): ocorre na Argentina e no sul do Chile. Essa subespécie é muito semelhante à subespécie lampronotus. A diferença é que as laterais da cabeça da chilensis apresenta tons de cinza claro.
- Vanellus chilensis fretensis (Brodkorb, 1934): ocorre no sul do Chile e da Argentina. A subespécie fretensis é muito parecida com a chilensis. Porém, a fretensis é um pouco menor.
Outras Espécies do Gênero Vanellus
Barbilhão-de-Gola-Branca (Vanellus albiceps)
O barbilhão-de-gola-branca reside em toda a África tropical. Suas asas e cauda são em preto e branco; o dorso é amarronzado e o ventre é branco; a cabeça é acinzentada com uma coroa branca; o contorno dos olhos e as bochechas são amarelos. Não há dimorfismo sexual.
Abibe-Mascarado (Vanellus miles)
Essa espécie é nativa da Austrália, mas também pode ser encontrada na Nova Zelândia, na Indonésia e em Nova Guiné.
O abibe-mascarado é o maior representante da família Charadriidae. Ele mede de 30 a 37 centímetros de comprimento e possui envergadura das asas de 75 a 85 centímetros. Seu peso pode chegar a 300 gramas.
O pescoço do abibe-mascarado é todo branco e a face é amarela. O dorso é acinzentado e a coroa é preta. O canto dessa ave pode ser ouvido durante o dia e durante a noite.
Abibe-de-Peito-Marrom (Vanellus superciliosus)
O abibe-de-peito-marrom habita do sudoeste da Nigéria até o nordeste da República Democrática do Congo. Essa ave possui hábitos carnívoros, alimentando-se de larvas, grilos, gafanhotos e outros insetos.
Abibe-Preto (Vanellus macropterus)

Essa ave habita os pântanos e deltas de rios de Java, Sumatra e Timor. Em 1940, a espécie foi considerada extinta; mas hoje assume status “em perigo crítico” na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN).
Abibe-Sociável (Vanellus gregarius)
O abibe-sociável distribui-se pela Ásia Central e raramente é visto no continente europeu. Considerada de médio porte, essa ave mede cerca de 30 centímetros.
Suas pernas são pretas e compridas. O bico é preto e curto. As costas e o peito são cinzas. O ventre é escuro. A coroa também é preta. A cauda é branca com uma faixa terminal preta. As asas são marrons, brancas e cinzas.
28 Fatos Curiosos Sobre o Quero-Quero
- O quero-quero mede de 32 a 38 centímetros de comprimento e pesa de 300 a 320 gramas.
- A dieta do quero-quero é composta por insetos, minhocas, vermes, pequenos vertebrados e invertebrados aquáticos.
Quero-Quero Tentando Fisgar Uma Minhoca - Não há dimorfismo sexual.
- O período reprodutivo geralmente coincide com o período de chuvas da região em que a ave habita.
- A nidificação ocorre em alguma cavidade no solo cercada por gravetos e folhas secas.
Ninho de Quero-Quero - O quero-quero possui hábitos monogâmicos.
- A fêmea bota de três a quatro ovos de 26 gramas, esverdeados e com manchas pretas, o que facilita a camuflagem no solo.
- Após o nascimento, os filhotes não ficam por muito tempo no ninho.
Filhote de Quero-Quero - Geralmente ocorrem três ninhadas por ano
- Prefere viver em regiões de altitude baixa;
- O quero-quero se adapta bem em áreas urbanas, como aeroportos, campos de futebol, jardins, etc;
- Apresenta status de “Pouco Preocupante” na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) devido a sua vasta distribuição;
- Vivem em pares ou em pequenos grupos familiares, apesar de essa espécie já ter sido observada em bandos com mais de cem indivíduos;
Bando de Quero-Quero Em Cima de Telhado - Ainda não se sabe o tamanho total da população de quero-quero;
- Apesar de voar muito bem, o quero-quero passa a maior parte do tempo no solo;
- Para proteger seu ninho, o quero-quero pode chegar a atacar um ser humano que representar ameaça;
- A taxa de natalidade do quero-quero é de aproximadamente 70%. Porém, apenas 20% chega a fase adulta;
- Logo após nascerem, os filhotes já conseguem se alimentar sozinhos;
- Seus principais predadores são aves de rapina, mamíferos, répteis e o homem;
- O quero-quero é a ave-símbolo do Uruguai e do estado do Rio Grande do Sul;
- O quero-quero é símbolo da Seleção Uruguaia de rugby;
Camisa Rugby Uruguai – Simbolo Quero-Quero - A ave é também mascote do Novo Esporte de Ipatinga;
- Seu nome deriva do som emitido durante o canto e que se assemelha a pronúncia de “quero-quero”;
- O quero-quero costuma vocalizar quando percebe alguma situação de perigo;
- Essa ave foi notada por Charles Darwin durante suas viagens pela América do Sul. Ele a descreveu como muito útil para os viajantes, pois anunciava a chegada de possíveis ladrões;
- Muitos fazendeiros gostam de ter o quero-quero em suas propriedades porque eles alertam sobre a presença de intrusos;
- O quero-quero costuma interagir com outros animais, como o joão-de-barro, o chupim e o sabiá-laranjeira;
João-de-Barro - Alguns indivíduos podem apresentar leucismo, uma particularidade genética recessiva que confere cor branca aos animais que geralmente são escuros.