A África provavelmente é um dos continentes que abriga uma grande diversidade de animais, com alguns deles presentes somente em seus países. Girafas, leões, chitas, gnus e o mabeco ou cão-caçador-africano.
Este bicho compartilha de algumas características com lobos e hienas, mas somente isso, pois muitos traços da criatura é único dele.

Características e comportamento dos cães selvagens africanos
Ocupando principalmente a região da África Subsaariana, o mabeco pesa de 17 a 35 quilogramas. Tem uma expectativa de vida de 11 anos e é visto como um animal peculiar por causa do seu modo de vida. Ele vive em grandes grupos, com 6 a 20 cães africanos. Este conjunto é comandado por um casal monogâmico, que é responsável pela reprodução da espécie. Quando os bebês nascem, eles são criados por todo o conjunto, ou seja, a educação dos filhotes é responsabilidade de todos os membros da matilha. Na verdade, a grande maioria das atividades entre os animais é feito em parceria. Eles inclusive caçam com outros companheiros, assim como cuidam dos feridos e dos idosos da alcatéia.
Um dos traços mais fortes entre eles é a lealdade que tem com os parceiros. A maior parte do seu dia é repleto de interações entre si. Isso faz com que o conjunto viva em harmonia.
Alimentação do mabeco
A comida preferida do mabeco são os antílopes, como gazelas. Apesar disso, existem registros que eles já atacaram gnus, preferindo os filhotes dessa espécie. A dieta também pode ser composta de aves, primatas e pequenos roedores.
31 Curiosidades do mabeco
- Não é uma das espécies mais conhecidas na África.
- É o único indivíduo vivo do seu gênero.
- Ele foi descrito pela primeira vez pelo zoólogo Coenraad Jacob Temminck, mas este o caracterizou como uma hiena. Este erro foi consertado em 1827 pelo biólogo Joshua Brookes, que deu o nome ao bicho de Lycaon tricolor. Ele também foi o responsável por identificar a espécie como um canídeo.
- Seu nome lycaon vem do grego lykaios e significa “parecido com um lobo”.
- Os filhotes sempre tem prioridade na hora de comer.
- Derrubam presas grandes mordendo suas patas até que o animal caia no chão. Os pequenos são puxados para o solo. Eles caçam em dois.
- Devido a destruição do seu habitat e, consequentemente, a mudança de moradia das suas presas, o bicho aprendeu a predar outras criaturas, como o gado, deixando os fazendeiros nada felizes com essa decisão. Por causa disso, muitos deles acabam sendo atacados e mortos por essas pessoas, que só contribuem com o risco de extinção da raça.
- O cão entrou na lista vermelha d’A União Internacional para a Conservação da Natureza em 1994.
- Antigamente era visto por toda a África Subsaariana, das montanhas até o deserto. Hoje, a espécie só é vista no nordeste e no sul do continente, tendo desaparecido por completo no lado norte e oeste da região.
- Ocorreu um desaparecimento súbito das criaturas em Serengeti-Mara, em 1991. Isso aconteceu devido a um surto de raiva. Muitos já morreram em decorrência de cinomose. Ou seja, além de caçado e morto e com a destruição do seu lar, a criatura também sofre com as doenças de cachorros domésticos, que cada vez vivem mais próximos das moradias do mabeco.
- Existem cerca de 6,6 mil mabecos em todo o mundo. Esse número representa 1% do que já foi a população do animal.
- Atualmente, ele é chamado de Lycaon pictus. O primeiro vem do grego lykos, que significa lobo, e o segundo do latim, pintura.
- São considerados um dos predadores mais eficientes da África, com uma porcentagem de 80% de sucesso.
- Caçam impalas e cudos.
- O fotógrafo Nicholas Dyer fotografou em 2018 algo jamais visto até então: mabecos emboscando um grupo de babuínos.
- São sempre atacados por hienas, que tentam pegar os filhotes e roubar a presa dos cães. Estes revidam, mesmo o bicho sendo maior que eles.
- Eles matam suas vítimas mais rapidamente. Outros caçadores, como felinos, demoram muito tempo para dar o golpe final.
- O novo hábito de caçar babuínos traz equilíbrio a região onde mora os animais, já que o número desses primatas aumentaram nos últimos tempos. Ou seja, o cão está ajudando a trazer um balanço mais “justo” ao seu ecossistema.
- O animal é conhecido por ter orelhas do tipo “Mickey Mouse”. Estas aparecem nos filhotes após um mês do seu nascimento.
- Quando algum membro se fere, os companheiros lambem a ferida para mantê-la limpa.
- Eles realizam um tipo de reunião para escolherem seus líderes e os próximos passos da matilha. Eles também votam para saber se vão ficar onde estão ou se vão mudar de lugar e quem terá o direito de comer primeiro. A assembléia é convocada por um mabeco por meio de gestos específicos. Os votos são “ditos” em forma de exalação nasal que emite um som.
- Tem uma coloração única de laranja com preto e branco, e uma faixa características entre os olhos, que vai do topo da cabeça – que costuma ser mais escura que o resto do corpo – até o meio do seu focinho. No fim do rabo apresenta um tufo esbranquiçado.
- Vive em savanas e vegetação esparsa.
- Mede de 75 a 110 centímetros de comprimento.
- Tem pernas longas e finas, com patas fortes com quatro dedos – a maioria dos cães tem cinco.
- A matilha é composta de mais machos, isso porque as fêmeas acabam indo para outros grupos. Mais da metade dos jovens permanecem com os pais. O restante abandona a alcatéia para montar sua própria família.
- São animais pacíficos. O único confronto que ocorre é durante o período de reprodução por causa das fêmeas.
- Os feridos são alimentados e protegidos por seus companheiros até estarem recuperados.
- Nunca comem caças de outros animais, muito menos carcaças, por mais que estas estejam frescas.
- Muita vezes tem que lutar por sua comida com os leões, que costumam habitar os mesmo lugares que esse cão.
- Após a caça, o grupo que volta regurgita comida para alimentar os jovens.
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