Alguns tubarões são facilmente identificáveis por suas características físicas. Como o branco, o tigre ou o baleia. Cada um tem um traço que os torna únicos.
O mesmo acontece com o martelo. Ele é reconhecido por sua cabeça peculiar.
A criatura faz parte da família Sphyrnidae, e este nome na verdade é usado para nomear várias espécies, com o tubarão-panã destacando-se neste grupo, já que é o maior do conjunto.
Alimentação
Apesar de preferir águas tropicais, alguns deles acabam migrando para outros locais em busca de comida. Seu cardápio é composto raias – sua comida preferida -, peixes, lulas, polvos e alguns crustáceos.
Costuma caçar sozinho. Para abater a presa, ele desfere golpes na cabeça da vítima e morde suas “asas” – no caso das raias – lentamente, até que consiga imobiliza-la por completo e, por fim, matá-la.
Apesar de não ser algo comum, em alguns períodos o martelo pode se alimentar de outros tubarões, assim como praticar o canibalismo, ou seja, comer outros da mesma espécie.

Respiração do tubarão martelo
A maioria dos tubarões não conseguem bombear água para suas brânquias quando estão parados. Para poderem respirar, precisar forçar a entrada de água por este órgão, com o líquido sendo eliminado por fendas.
Devido a isso, eles não podem parar de nadar, caso contrário afundam ou morrem asfixiados.
Características
A família do tubarão martelo é constituída de dois gêneros: Eusphyra e Sphyrna. Ambas acolhem cerca de 10 espécies, com uma na primeira e 9 na segunda. Os animais de ambos os grupos podem medir de 0,9 até 6 metros de comprimento, pesando entre 3 a 500 quilos.
Como dito anteriormente, o bicho é facilmente reconhecido por sua cabeça em formato de T, que faz que ele tenha uma aparência bem estranha, ainda mais que seus olhos ficam nesta região e são separado, com cada um ficando em uma extremidade desta letra.

Acredita-se que é justamente a sua visão que seria a responsável por esse formato de cabeça tão diferente. Com ela, o tubarão consegue enxergar dos dois lados e acima e abaixo de si, o que dá ao animal um visão de 360 graus dentro do seu ambiente.
Essa estrutura em junção com as ampolas de lorenzini na sua cabeça – que sente mudanças na temperatura da água e os campos magnéticos de outros bichos – mais o movimento das suas vértebras fazem dessa criatura o caçador voraz que é.
Em contrapartida, ele tem um boca bem pequena que fica localizada na parte inferior de sua cabeça. Ela é composta de dentes triangulares e serrilhados.
Exibe duas nadadeiras dorsais – uma maior que a outra -, além de um dorso cinza e uma barriga branca.
Comportamento
Existem algumas diferenças entre aquelas que habitam locais temperados e tropicais do mundo. Eles costumam ser encontrados ao longo da costa, preferindo águas rasas e quentes, por isso é comum vê-los próximos a recifes de corais.
Mas eles também podem ser avistados a 80 metros de profundidade e em águas salgadas. No verão migram para águas mais frias, polares, provavelmente em busca de comida.
Como dito, caçam sozinhos, mas durante o dia podem formar grupos de até 100 indivíduos. Dentro deste, o que irá definir a hierarquia de cada um será o sexo, idade e tamanho.
Reprodução
O tubarão-martelo é do tipo vivíparo e se reproduz uma vez por ano. A gestação costuma durar de 10 a 11 meses. Em relação a quantidade de filhotes, isso vai depender do tamanho da fêmea, quanto maior ela for, mais bebês nascerão.
Estes vêm ao mundo com a cabeça mole e não recebem cuidados dos pais. Devido a isso, eles costumam ficar juntos em águas rasas até aprenderem a se defender sozinhos.
Ameaças ao tubarão martelo
A maior ameaça para esse animal é si próprio, já que eles são canibais. Fora isso, eles não tem um predador natural.
Os seres humanos também põem a espécie em risco, principalmente porque usa-se parte do tubarão para fazer sopas – suas barbatanas -, confecção de vitaminas e sua pele para criação de roupas de couro.
Por causa disso, o bicho corre grande risco em locais com a Austrália e o Atlântico Norte, com 5 espécies dessa família estando em situação vulnerável ou ameaçada de extinção segundo a lista da IUCN.
Curiosidades
- O formato de sua cabeça permite que ele vire com muitos habilidade, assim como ajuda no nado.
- Ele tem a capacidade de identificar uma gota de sangue numa distância de um quilômetro.
- É possível avistar esse animal em uma cor verde-oliva.
- Não são agressivos e ataques a humanos são raros, a não ser quando é provocado.
- No Brasil, é encontra-se sete espécies de tubarão-martelo: tubarão-martelo-liso, cação-ruela, cação-martelo-de aba-curta, panã, cação-martelo e entalhado. Com quase todos em situação de risco.
- O tubarão-martelo-entalhado nada em cardumes, diferente das outras espécies do gênero Sphyrna.
- A cabeça do cação-martelo-de-aba-curta mais parece uma pá do que um martelo. Ela tem um formato arredondado.
- O panã e o liso são os mais agressivos do gênero Sphyrna.
- O tubarão-martelo é a espécie mais ameaçada de extinção. Em comparação a 1986, ano em que os registros populações começaram a ser realizados, em 2003 estes correspondiam a 10% do número levantando no início da coleta de dados.
- Em 2006 uma fêmea foi capturada na Flórida pesando 580 quilos. Ela estava grávida e carregava cerca de 55 filhotes.
- O acasalamento do bicho é considerado agressivo, já que o macho persegue e morde a fêmea até que está ceda.
- Existe o registro de uma fêmea da espécie que realizou reprodução assexuada.

- O bicho pode se bronzear se ficar muito tempo em águas rasas. Não é uma situação comum entre os peixes.
- É o oitavo tubarão que representa maior perigo ao homem devido a sua agilidade. Sendo 3 espécies em específico as mais ameaçadoras.
- É o tubarão mais comum.
- Não se sabe, com certeza, porque a criatura evolui com esse formato peculiar.
- Suas barbatanas são usadas em um manjar muito comido na Ásia oriental, mesmo esta prática sendo proibida em muitos países.
- Encontra-se no mundo todo, desde o Sul do Canadá até a Nova Zelândia e Chile.