Apesar dos dias de praia representarem momentos de descanso, é preciso ficar atento aonde pisamos. Está andando perto de rochas e de repente sentiu algo perfurando seu pé? Você provavelmente acabou de pisar em um ouriço do mar. Calma, não é algo tão preocupante e pode acontecer com qualquer um, mas é preciso agir rápido, isso porque o corpo do bicho é coberto por espinhos venenosos, e é justamente ele que ficará cravado na sua pele.
A primeira coisa que você precisa saber e fazer é tirar o objeto o mais rápido possível, isso porque enquanto o perfurante estiver em contato com o seu pé, ele continuará injetando a toxina no seu corpo, podendo piorar a gravidade da ferida, assim como aumentar o risco de infeção elevada.
A seguir, explicamos o passo a passo caso isso aconteça com você ou com alguém próximo.

Passo 1: Tire todos os espinhos
Como dito, o primeiro passo e o mais importante após pisar em um ouriço do mar é retirar todos os espinhos para evitar que a toxina venenosa continue entrando na sua rede sanguínea. Uma das formas de fazer isso é utilizando uma pinça.
Outro fato que é preciso se atentar é tentar não quebrar o perfurante. Sendo assim, faça o máximo possível para tirá-lo inteiro.
Uma dica que pode ajudar a retirar o objeto mais facilmente é aquecendo a região ao redor da picada, assim como desinfeta-la com álcool. O mesmo vale para os instrumentos que serão utilizados, para evitar outro tipo de infecção.
Se perceber que os espinhos são pequenos ou estão muito fundo, outra opção é usar a cera, aquelas utilizadas em depilações. É só aplicar uma camada do produto em cima da região, quente, e esperar esfriar. Em seguida, puxe a substância de forma rápida. Isso fará que o perfurante grude nela e saia, sem problema.
Uma terceira técnica pode ser usada, mas está é um pouco mais dolorosa. Faça um pequeno corte próximo ao espinho e então pressione a região com força para que a própria pele auxilie na expulsão do perfurante. Seria como apertar um cravo ou uma espinha. Por ser uma opção mais incômoda, deixa-a como última alternativa, caso todas as outras não tenham dado certo.
Passo 2: Higienize a ferida
Depois de ter certeza que todos os espinhos foram retirados da ferida, o próximo passo é higienizar bem a região. Faça isso com água morna e sabão neutro ou um antibactericida. Essa limpeza serve para impedir infecções e para eliminar qualquer vestígio de veneno que possa ter ficado na ferida causado pelo ouriço do mar.
Passo 3: Deixe o local “respirar”
A vontade de cobrir o local com um esparadrapo ou um band-aid pode ser grande, mas é importante não fazer isso. Ao deixar o local respirar, a pele e o poros poderão terminar de expelir o restante da substância que estava no espinho. Além do mais, pode acontecer de ter restado algum perfurante na pele, e se o local for coberto será muito mais fácil a região ficar dolorida e infeccionada.
Após lavar o local, aplique algumas gotas de água oxigenada ou antisséptico, e deixe a áreas aberta.
Passo 4: Lave a região uma segunda vez
Caso perceba que a dor ou a inflamação não melhora, quer dizer que a picada foi mais funda do que o imaginado e ainda resta um resquício de veneno ou espinho, no local. Se este for o caso, uma boa opção é submergir a região picada – o pé, normalmente – em um balde com água bem quente.
O ideal é que o local esteja de cabeça para baixo, isso irá facilitar a saída do perfurante quando os poros abrirem. Assim, tudo que estiver “incomodando” será eliminado. Caso queira, é possível também adicionar umas colheres de bicarbonato de sódio ou vinagre na água para ajudar no processo.
Passo 5: Fiquei de olho no machucado
Durante a limpeza do machucado, fique de olho na ferida. Observe se existe algum sinal de vermelhidão, assim como pus ou se o local ainda está dolorido. Caso esteja, o ideal é procurar um médico o mais rápido possível. Também é recomendável o uso de algum antibiótico durante o processo de cura, mais um motivo para procurar um profissional da saúde. Afinal, automedicação nunca é a melhor opção.
Atente-se também aos sinais de alergia a picada do ouriço do mar. Eles incluem problemas para respirar, coceira, inchaço na língua ou nos lábios, dor no peito e vermelhidão na pele. Se notar esses sintomas, também procure um pronto-atendimento.
Curiosidades sobre o ouriço do mar
- Ele é primo da estrela-do-mar e da bolacha-de-praia, com os três fazendo parte da classe dos equinodermos.
- Ao todo, existem cerca de 700 espécies de ouriços, com alguns exuberantes e outros mais estranhos.
- Assim como há espécimes comestíveis, outras não são porque são venenosos.
- Ele chega aos 30 centímetros de comprimento.
- Sua boca é virada para baixo, com alguns comendo areia ou animais mortos.
- Habita, preso, rochas no fundo do mar.
- Realiza fecundação externa. Os óvulos e espermas são lançados ao mar e eles se encontram para realizar a fecundação.
- Quando nasce, vem ao mundo em forma de larva. Logo em seguida ele gruda em algum lugar e fica por lá até chegar a fase adulta.
- Existem ouriços regulares e os irregulares. A maioria das espécies são regulares, o que quer dizer que elas tem um corpo esférico e em várias cores. Os irregulares apresentam menos espinhos ou estes são menores. Além disso, tem um formato oval e achatado.
- Algumas especies se enterram na areia para se esconderem de seus predadores.
- Tem a capacidade de substituir partes danificados ou espinhos.
- Algumas espécimes chegam aos 100 anos de idade sem demostrar sinais de envelhecimento.
- Além do ouriço do mar, existe uma animal terrestre com o mesmo nome – bom, parte dele – que acabou virando febre como bicho de estimação.
- A criatura mais perigosa é o ouriço-da-flor, que vive no Japão. Causa uma dor escruciante nas vítimas, fazendo muitas delas morrerem não devido ao veneno, mas afogadas por causa do sintoma.